Uma fábula assustadora e encantada do autor de O Menino que Desenhava Monstros
Quem leu O Menino que Desenhava Monstros sabe: Keith Donohue escreve histórias realmente assustadoras. O autor é mestre em trabalhar com sutilezas que dão arrepios e em A Dança das Marionetes, novo lançamento da DarkSide® Books, o sobrenatural dá as caras novamente.
A diferença é que, desta vez, são bonecos de madeira aparentemente inanimados, com sorrisos congelados e bochechas rosadas que vão fazer formigar a pele até mesmo dos leitores mais corajosos. Isso e uma trama intrincada, cujos contornos entre a realidade e a fantasia são calculadamente borrados. Somos marionetes diante do tempo e dos sentimentos. Podemos lutar contra o imutável ou dançar e brincar até o fim.
Em A Dança das Marionetes, Keith Donohue nos leva a um mundo de mistério e encantamento, onde realidade e magia se entrelaçam de maneira hipnotizante. Nesta emocionante história, que utiliza a construção do mito grego de Eurídice e Orfeu, somos apresentados a Kay e Theo, um casal apaixonado que se vê preso em um pesadelo inexplicável durante uma viagem ao Quebec. Ela é uma acrobata em um circo, e ele está trabalhando em uma biografia do fotógrafo inglês Eadweard Muybridge, que ficou conhecido pelo uso de múltiplas câmeras para registrar o movimento dos animais. Após Kay desaparecer misteriosamente e ser transformada em uma marionete de uma loja de antiguidades, Theo inicia uma busca desesperada para resgatá-la das garras do desconhecido. Em uma aventura repleta de simbolismo e magia, Donohue nos convida a questionar os limites da realidade e a profundidade do amor.
A Dança das Marionetes chega aos darksiders em uma edição caprichosamente montada, com arte do premiado artista plástico Rafael Silveira, que transportou seu universo particular ― onde há mulheres com mãos de galhos e flamingos que andam de bicicleta ― para a capa. Um acabamento tão perfeito que poderia muito bem ter sido entalhado por algum aprendiz de Geppetto… Depois de ler A Dança das Marionetes, você vai pensar duas vezes antes de jogar no lixo ou confinar em uma caixa escura os brinquedos que tanto amou.
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