Casa de Pensão, de Aluísio de Azevedo, é um clássico brasileiro símbolo do Naturalismo. A narrativa se baseia nas escolhas de Amâncio, um típico jovem rico do interior, vislumbrado com uma vida de vícios na capital. Paralelamente à história de Amâncio, o livro descreve a vida nas pensões “familiares”, onde se hospedavam jovens que vinham do interior para estudar na capital. O jogo de interesses movido pelo dinheiro é o centro das relações entre as personagens desta história. E é para uma dessas pensões familiares no Rio de Janeiro que o jovem rico maranhense se muda, na intenção de estudar Medicina. Porém, os deslumbramentos da Corte atraem mais a sua atenção. Movido pelo desejo de começar uma vida livre, para compensar o tempo em que viveu escravizado às imposições do pai, Amâncio abusa da vida boêmia. Como suas extravagâncias de chegar altas horas da noite, faltar às aulas, embebedarse, não lhe eram permitidas na casa de Campos, ele aceita o convite de João Coqueiro, proprietário de uma casa de pensão, junto com a sua mulher Mme. Brizard para morar em um dos quartos. O maranhense Aluísio Azevedo é considerado o principal autor da vertente naturalista no Brasil e o primeiro escritor a viver de literatura no país. Excelente retratista de tipos sociais, escreveu inúmeras obras, entre romances, contos, crônicas e peças teatrais, além de ter sido desenhista e caricaturista. De sua obra, destacam-se os romances em prosa, principalmente O Mulato (1881), considerado o primeiro romance naturalista brasileiro; Casa de Pensão (1884) e O Cortiço (1890). É membro fundador da cadeira n º. 4 da Academia Brasileira de Letras.
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